Por Thaís Jatobá, advogada
Você já saiu de consulta médica com a sensação de que o profissional não lhe dedicou a devida atenção. “Ele mal me examinou” ou “o médico nem olhou direito nos meus olhos” são queixas comuns em casos assim. Mas será que existe um protocolo de consulta a ser seguido? O médico precisa sempre tocar o paciente?
No Brasil, não há nenhuma regulamentação sobre o tempo de duração das consultas médicas. Portanto, é preciso bom senso.
Conforme o capítulo II e inciso VIII do Código de Ética Médica, quem define o tempo de consulta médica é somente o próprio médico responsável. Trata-se de um direito do profissional, e o sistema de gestão não pode interferir nesse caso.
Por isso, o profissional possui o poder de decidir, de acordo com a complexidade do diagnóstico ou quadro, o período ideal para a consulta.
E em harmonia com o código de ética médica, o Conselho Federal de Medicina – CFM também considera que o profissional tenha autonomia sobre as durações da consulta.
É importante que o profissional trabalhe sempre procurando, mediante o histórico do paciente, fazer uma avaliação criteriosa para que as orientações de tratamento não resultem em erros futuros, que possam causar danos aos pacientes, ou ações na Justiça aos profissionais.
A melhor alternativa é otimizar o tempo de consulta a partir de ferramentas e atividades de gestão adequadas.
Dessa maneira, o profissional pode evitar erros, ao focar de maneira mais direcionada nas necessidades do paciente em questão.